Tema: Valor de Uso e Valor de Troca
Data da aula
1ºA 02/08/2022,
retomada em 09/08/2022
1ºB 03/08/2022,
retomada em 12/08/2022
1ºC 02/08/2022, retomada em 09/08/2022
HABILIDADE NA BNCC
(EM13CHS402) Analisar e
comparar indicadores de emprego, trabalho e renda em diferentes espaços,
escalas e tempos, associando-os a processos de estratificação e desigualdade
socioeconômica.
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM NO DC-GOEM
(GO-EMCHS402A)
Compreender os regimes de acumulação do modo de produção capitalista,
analisando as dimensões da mercadoria (preço, valor de uso e valor de troca) e
os processos da mais-valia para reconhecer de modo crítico as relações de poder
existentes no mundo do trabalho.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
NO DC-GOEM
Mercadoria e preço
Valor de uso e Valor de
troca
METODOLOGIA
O objetivo
dessa aula é problematizar a questão do valor de uso e valor de troca com base
em introduzir a questão da diferença que há entre os objetos de modo geral e o
produto vendido pelas pessoas que é a força de trabalho. Ainda, fomentar a
discussão acerca da coisificação do trabalho humano ou do trabalhador.
Na retomada da aula nos deteremos em resolver à questão proposta.
MATERIAL
Texto
VALOR
DE USO X VALOR DE TROCA EM RELAÇÃO ÀS MERCADORIAS EM MARX
O
valor de uso de uma mercadoria, segundo Marx, é determinado de acordo com a
utilidade relacionada às suas propriedades físicas; e seu valor de troca varia
no tempo e espaço.
Em seus textos “Crítica à Economia Política” e “O Capital”, Marx inicia sua análise pela mercadoria, já que “a riqueza da sociedade onde reina o modo de produção capitalista aparece como um ‘monstruoso acúmulo de mercadorias’ e a mercadoria individual como sua forma elementar”. A primeira propriedade dessa forma liga-se a seu caráter de coisa: é objeto exterior, propício a satisfazer necessidades e carências humanas. A utilidade constitui o valor de uso, vinculando-se como tal às propriedades físicas do objeto. Desse modo, o valor de uso nada tem a ver de imediato com o trabalho humano que pode ter custado, nem com a relação social de produção, permanecendo, por isso, fora das preocupações da economia política. No entanto, qualquer que seja a forma social da riqueza, constituirá sempre seu conteúdo material. No caso particular do capitalismo, forma a base do valor de troca, segundo a propriedade elementar da mercadoria.
As
mercadorias, diz Marx, enquanto valores de uso, são naturalmente diversas,
possuem diversas qualidades, são, em síntese, incalculáveis. Enquanto valores,
pelo contrário, são qualitativamente iguais e só quantitativamente diferentes
e, de fato, calculam-se todas reciprocamente e substituem-se, isto é,
trocam-se, são reciprocamente convertíveis em determinadas proporções e segundo
determinadas relações. Os principais momentos inerentes a tal duplicidade
contraditória manifestam-se no fato de que, enquanto valor, cada mercadoria é
simetricamente divisível – na sua existência natural, já não o é; enquanto
valor, cada mercadoria é absolutamente igual a todas as outras mercadorias de
igual valor – na realidade, pelo contrário, trocou-se de mercadoria apenas
porque elas são diversas e satisfazem necessidades diversas; enquanto valor,
toda mercadoria é universal – como mercadoria real, ao contrário, é uma
particularidade; enquanto valor, toda mercadoria é continuamente cambiável – na
troca real, pelo contrário, só o é em determinadas condições; enquanto valor, a
medida da característica da troca da mercadoria é determinada por ela mesma
(isto é, pelo quantum de trabalho nela contido) – na troca real, pelo
contrário, é cambiável só em quantidade relacionada com a sua qualidade natural
e correspondente às necessidades daqueles que efetuam as trocas. Em síntese, a mercadoria
é a contradição real, sensível e materialmente existente. Ela, diz Marx, “não
vive na sua natural identidade consigo mesma, mas dada como não igual a si
mesma, como algo desigual de si mesma”.
Em
última instância, o valor de troca aparece primeiramente como relação
quantitativa; é a proporção na qual as mercadorias se trocam: x de bananas = y
de papel, sendo o último termo o valor de troca da banana expresso em papel.
Dá-se, pois, como determinação puramente acidental a variar no tempo e no espaço,
a firmar-se em relação à outra mercadoria com a qual foi indiferentemente posta
em contato. Não há, portanto, um valor de troca imanente a uma mercadoria. A
última dimensão da mercadoria, o valor, nasce do relacionamento dos valores de
troca e nada tem, pois, a ver com suas propriedades naturais. Além disso, a
relação de troca abstrai o valor de uso. O agente da troca, com efeito, não
leva em consideração o uso particular do objeto que vende, mas o encara como um
instrumento de apropriar-se do produto alheio.
QUESTÃO
(ENEM
2014) Para o sociólogo Don Slater, as pessoas compram a versão mais cara de um
produto não porque tem maior valor de uso do que a versão mais barata, mas
porque significa status e exclusividade; e, claro, esse status provavelmente
será indicado pela etiqueta de um designer ou de uma loja de departamentos.
(BITTENCOURT,
R. Sedução para o consumo. Revista Filosofia, n. 66, ano VI, dez. 2011)
Os meios
de comunicação, utilizados pelas empresas como forma de vender seus produtos,
fazem parte do cotidiano social e tem por um de seus objetivos induzir as
pessoas a um(a):
A) vida
livre de ideologias.
B)
pensamento reflexivo e crítico.
C)
consumo desprovido de modismos.
D)
atitude consumista massificadora.
E)
postura despreocupada com estilos.
ATIVIDADE AVALIATIVA
Anotações de pontos relevantes da aula.
Resolução da questão: O que é mercadoria e qual é a diferença entre valor de uso e valor de troca com base em Karl Marx?
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