Aula 23 Trabalho Precário Atividade Avaliativa

TEMA: Trabalho Precário

 

Nossa aula foi:

1ºA, terça-feira, 6 de setembro de 2022. Retomada, terça-feira, 13 de setembro de 2022.

1ºB, sexta-feira, 9 de setembro de 2022Retomada, sexta-feira, 16 de setembro de 2022.

1ºC, terça-feira, 6 de setembro de 2022Retomada, terça-feira, 13 de setembro de 2022.

HABILIDADE NA BNCC

(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e renda em diferentes espaços, escalas e tempos, associando-os a processos de estratificação e desigualdade socioeconômica.

 

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM NO DC-GOEM

(GO-EMCHS402A) Compreender os regimes de acumulação do modo de produção capitalista, analisando as dimensões da mercadoria (preço, valor de uso e valor de troca) e os processos da mais-valia para reconhecer de modo crítico as relações de poder existentes no mundo do trabalho.

 

OBJETOS DE CONHECIMENTO NO DC-GOEM

Mercadoria e preço

Valor de uso e Valor de troca

 

 

METODOLOGIA:

O objetivo dessa aula é estudar o conceito de Trabalho Precário como desdobramento da Mais-Valia. Prosseguir com a discussão com base na crítica marxista da Luta de Classes.

Para tanto, nos serviremos de aula expositiva com base em leitura de texto e debate sobre a temática.

Na retomada da aula realizaremos leitura e resolução de questões.

 

MATERIAL:

Texto do Capítulo Completo O trabalho na sociedade capitalista CLIQUE AQUI!


Texto Trabalhado nas Questões dessa aula

A precarização do trabalho

“Outrora, havia uma massa de trabalhadores assalariados; hoje, há uma multidão de trabalhadores precarizados.” NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. Declaração: isto não é um manifesto.  2. ed. São Paulo: N-1 Edições, 2014. p. 23.

A afirmação dos filósofos Antonio Negri e Michael Hardt indica uma mudança nas relações de trabalho no capitalismo entre a época analisada por Marx e a atual. Na visão dos pensadores, o trabalho hoje está sendo precarizado; mas o que isso significa? O capitalismo é um sistema econômico baseado no trabalho assalariado e na extração da mais-valia, ou seja, em trabalho excedente não pago. Desde sua origem, esse sistema tem como objetivo aumentar a produtividade e, consequentemente, o lucro, seja impondo um ritmo de trabalho intenso ao trabalhador, seja pela introdução de novas tecnologias no processo produtivo. No entanto, desde as origens do capitalismo, houve resistência e luta contra esse sistema. O movimento dos trabalhadores, por meio de manifestações, greves, rebeliões, revoluções e outras tantas formas de confronto, estabeleceu limites a essa exploração. No início da Revolução Industrial, na segunda metade do século XVIII, não existia legislação trabalhista e muito menos direitos sociais, como férias, aposentadoria ou descanso remunerado. Para se ter uma ideia, a jornada de trabalho variava entre 12 a 18 horas diárias em ambientes insalubres e sem ventilação, e o trabalho de mulheres e crianças, que recebiam menos que os homens, era comum. Os trabalhadores, por meio de suas constantes mobilizações, conquistaram gradualmente muitos direitos. Um exemplo disso são as lutas pela redução da jornada de trabalho. Em 1866, no congresso da Associação Internacional dos Trabalhadores, a limitação da jornada para 8 horas diárias era considerada condição prévia para a melhoria das condições de vida da classe trabalhadora. Na atual Constituição brasileira, promulgada em 1988, a jornada de trabalho estabelecida é de 8 horas diárias e 44 horas semanais. Atualmente, procura-se implementar jornadas cada vez mais flexíveis, que levam à precarização das condições de trabalho.

Redução de direitos

A precarização do trabalho se caracteriza pela diminuição de direitos e garantias conquistadas pelos trabalhadores, possibilitando sua superexploração. Atividades fabris, de call center, limpeza, comércio, fast-food, supermercados e diversas outras relacionadas à tecnologia da informação e da comunicação são realizadas cada vez mais em regime de trabalho intermitente, temporário, autônomo e sem uma regularização social que proteja os trabalhadores. A precarização corresponde à fase atual do capitalismo, na qual se procura aumentar a produtividade e a extração de mais-valia por meio de diversas formas de exploração, tanto no processo direto de produção fabril quanto além dele. Convivem – e, às vezes, combinam-se – relações de trabalho formais, regidas por contratos, com aquelas caracterizadas pela informalidade. Exemplo dessa nova relação é o fenômeno da terceirização.

“[...] a terceirização vem se tornando a modalidade de gestão que assume centralidade na estratégia empresarial, uma vez que as relações sociais estabelecidas entre capital e trabalho são disfarçadas em relações interempresas, baseadas em contratos por tempo determinado, flexíveis, de acordo com os ritmos produtivos das empresas contratantes, com consequências profundas que desestruturam ainda mais a classe trabalhadora, seu tempo de trabalho e de vida, seus direitos, suas condições de saúde, seu universo subjetivo etc.” ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.  Versão eletrônica.

As cadeias produtivas utilizam cada vez mais o trabalho terceirizado. A maior empresa chinesa responsável pela montagem de produtos eletrônicos para grandes companhias transacionais emprega atualmente por volta de 1,4 milhão de pessoas; sob um regime de exploração intensa, elas trabalham em média 12 horas por dia e têm um salário aviltante.

Serviço por aplicativo

Na sociedade atual, é cada vez mais frequente utilizar aplicativos para acessar serviços de transporte privado. Por um lado, esses serviços possibilitam atividades que geram renda e certa liberdade ao motorista e comodidade ao usuário. Por outro, o motorista não tem vínculo empregatício com a empresa prestadora desse serviço e deve pagar a ela uma porcentagem do que é cobrado pela corrida, sem nenhum direito em troca. O trabalhador arca com as despesas de combustível, manutenção e seguro do veículo. Para garantir uma remuneração de acordo com suas necessidades, ele tem de se submeter a uma extensa jornada de trabalho.

 

🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒

Registro de síntese, no caderno, dos pontos relevantes da temática abordada na aula. Resolução das seguintes questões (que precisam ser transcritas no link abaixo):

Comente a frase “Outrora, havia uma massa de trabalhadores assalariados; hoje, há uma multidão de trabalhadores precarizados.”

Qual é o objetivo do capitalismo que se apresenta desde a origem?

Como ocorreram as relações de trabalho no contexto da Revolução Industrial no que se referem às mobilizações dos trabalhadores em busca por direitos?

O que tem a ver a precarização do trabalho com a diminuição de direitos e garantias trabalhistas?

O que tem a ver a precarização do trabalho com o capitalismo atual?

O que tem a ver a terceirização com a precarização do trabalho?

O que tem a ver os serviços por aplicativos com a precarização do trabalho?


CLIQUE AQUI para responder às questões!


CLIQUE AQUI para verificar as respostas apresentadas pelos alunos!